24.4.08

not about love

é bastante estranho isso pra mim. toda essa história de se apaixonar- ou nao. lembro de pensar algo sobre, depois de um primeiro beijo, ter a sensacao de que nada no mundo seria igual aquilo. ou algo do tipo, já nao me lembro. mas era algo concreto pra mim, era. as vezes quando eu falo é mesmo brincadeira, mas as vezes nao, as vezes eu fico mesmo tremendo sem ter o menor frio, e sinto uma coisa em algum ponto entre o etomago e o peito que nao posso controlar, e que cresce muito rápido e de um modo deliciosamente asfixiante. mas nessa história de brincar muito com tudo e com todos, eu acabo me confundindo, e também a todos. e as vezes nao sei mais se é brincadeira ou se existe algo. e toda a idéia de nao exigir muito de mim, e de aceitar que é possivel comecar algo sem achar que esse algo é o grande algo. que nem sempre precisa ser tao importante, tao arrebatador. e também nem sei mais. nunca sei. mas as vezes eu penso mesmo que a coisa é grande, que me atingiu lá naquele ponto impreciso de mim. e como é que a gente faz pra saber o que tá acontecendo? pra saber quando é que a gente só quer que seja, e por isso acha que é, e quando é mesmo? nao importa. eu nao faco questao nenhuma de saber. porque as coisas acontecem de um tal jeito, e isso nao muda conforme o que eu sei e nao sei. e depois que acontece eu acabo sabendo, de qualquer forma. mas dá uma certa aflicao perceber que tenho tantos nomes diferentes na minha cabeca, e que um vai superando ao outro e ao mesmo tempo nao. como se isso significasse alguma coisa. o fato é que agora eu queria só estar num certo lugar, e eu vivo nao sabendo qual. por um segundo me peguei pensando em algo e aí me pareceu que na verdade eu nao quero nada além de amar. nao é o amor o único que vale a pena? é sim.
ele me olha e me olha e me olha, e me parece impossível que alguém me olhe tanto e tao fundo e por tanto tempo. e me parece que quem está olhando sou eu. e que ele nem sequer está lá, mais. nao importa, eu vivo esquecendo quem ele é. mas ele me olha como eu preciso que me olhem, e eu olho de volta, e nao consigo fazer nada além de sorrir. sempre me parece melhor.

1 comment:

she said...

as vezes eu fico mesmo tremendo sem ter o menor frio, e sinto uma coisa em algum ponto entre o etomago e o peito que nao posso controlar, e que cresce muito rápido e de um modo deliciosamente asfixiante.


...eu senti isso hoje quando o amarante me deu oi do palco.



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poli. tao entendo e simpatizo de tudo que vc disse.



...e ta tao dificil. ai.