21.10.09

when i tried to speak i stuttered

é que isso é se abrir, e se abrir, se expor, é necessariamente estar vulnerável. então estamos sempre tendo que escolher entre a possibilidade de uns sorrisos contra a possibilidade de uns choros, e a impossibilidade de qualquer coisa. estático nunca foi o meu preferido, sempre achei dinâmico mais interessante: tem mais possibilidades, mais tempero, mais frio na barriga e mais medo. o movimento sempre pode acabar atropelando, o estar parado dói por si só. "é totalmente impossível fazer essa escolha", eu disse. algo assim. ninguém nunca toma essa decisão com certeza, porque não existe certeza e porque é uma questão incerta em si. então o que fazer? fica essa pergunta aqui dentro o tempo todo desde sempre e pra sempre. é assim: me abrir me machucar e arriscar sorrir e nada de dor, ou continuar dentro de mim mesma, meus fones de ouvido, minha música sempre tão alta e tão minha, meu olhar fechado, minha cara de quem já tem amigos e amores suficientes- não preciso de você. mas é tudo mentira, não é?

2 comments:

mel said...

kate nash *.*

Nah Safo said...

adorei.
às vezes sinto que escrevo sobre isso, ainda que diferente, e volto e sempre bato na mesma tecla pra concluir sempre a mesma coisa.

aqui foi lindo, concluindo:
"estático nunca foi o meu preferido, sempre achei dinâmico mais interessante: tem mais possibilidades, mais tempero, mais frio na barriga e mais medo."