17.9.09

there ain't no easy way, no there ain't no easy way out!

é que entre alguém dizer que eu sou linda e alguém me comparar com a vocalista do the gossip, entre eu esquecer de tomar a pílula por cinco dias seguidos e acabar tendo hemorragias, entre a minha vontade de mudar e a minha vontade de comer chocolate e tomar cerveja, entre o meu sono e o acordar de bom-humor, entre o encontrar uma roupa linda e passar mais de uma hora provando todas as minhas roupas e tendo certeza de que fico horrorosa em cada um delas, entre o achar uma menina incrível e o lembrar do meu ex-namorado, entre o rever meu passado e meu futuro e querer qualquer coisa menos o presente- esse presente, entre não ter lugar e não saber criar meu próprio espaço, entre querer muitas coisas e não querer nenhuma, nenhuma delas, entre odiar as pessoas com quem eu vivo e convivo, entre querer amar e não conseguir de jeito nenhum, entre querer estudar e morrer de medo de descobrir que sou burra, entre o querer desesperadamente saber de algo mas no fim das contas nunca saber de nada, no meio de tudo isso está o meu cansaço. "ah, você acha que está cansada? experimenta a minha vida, o meu trabalho, as minhas responsabilidades, pra ver o que é cansaço de verdade!". não, você não entende que o meu cansaço nada tem a ver com o que me rodeia. o meu cansaço é um cansaço de ser eu, de viver, de viver dentro de mim, sendo eu. esse é o pior dos cansaços, acredite.

12.9.09

sobre o meu choro

the times we had
oh, when the wind would blow with rain and snow
were not all bad
we put our feet just where they had, had to go
never to go
the shattered soul
following close but nearly twice as slow
in my good times
there were always golden rocks to throw
at those who admit defeat too late
those were our times, those were our times

10.9.09

:)

decidi que o full de naipe merecia um pouquinho de energia positiva. então vos conto que hoje, caminhando por perdizes/pacaembu, passei por uma amoreira cheia de amoras maduras, e duas figueiras carregadíssimas de figos igualmente maduros. só não roubei umas frutas porque estava muito alto e, bem, eu não sou de pegar comida do chão... na rua. depois disso vi um passarinho morto (já tinha visto um anteontem, filhotinho- são essas chuvas, coitadinhos). mas isso não é menos positivo, pensem bem: natureza, ciclo da vida, etc. então sorriam, porque existem figos maduros pelas ruas de são paulo, e calçadas cheias de amoras. e os passarinhos morrem e nascem e tudo isso é lindo. ê.

everyone's miserable!

queria muito poder olhar pra alguma coisa agora e dizer "olha que bacana, fui eu que fiz!". mas é tão difícil fazer nada quanto fazer algo- algo que importe. e estar no limbo é um desastre.

3.9.09

no máximo exagero

eu sei, eu sei que eu exagero e que eu não sou de todo triste, o tempo todo, a vida inteira, do fundo à borda, eu sei. também sei que é mais fácil lembrar de tudo que está errado bem como é mais fácil esquecer (rápido e sem esforço) de tudo que anda bem, sei de tudo isso. quando digo que não sou feliz não é porque não gosto da minha vida, não é porque não gosto de quem me rodeia, não, nada disso. é que o inferno dentro da minha cabeça na maioria das vezes torna a vida (seja ela qual for) insuportável e insustentável- e se eu culpo os fatores externos é porque às vezes não sou forte o suficiente pra olhar pra mim mesma e falar "o problema é todo meu". e o problema é, sim, todo meu, mas isso não significa que me sentir triste e não gostar de viver seja ingratidão- no máximo exagero.