27.2.09

...às vezes eu acho que eu sou amor.

um dia no telefone com uma amiga soltei essa frase, e me senti encontrada. sabe quando voce ouve uma música (ou vê um personagem, um lugar, uma frase) e se acha nessa música (personagem-lugar-frase)? entao. me achei numa frase que eu mesma disse. estava falando das minhas tatuagens, de como quase todas sao sobre amor, de como minha monografia era sobre amor, de como eu gasto tanto tempo/energia com isso (bem como a amiga com quem conversava), e de como isso é, de certa forma, ridículo. aí me lembrei de uma conversa com outra amiga, em que eu disse algo do tipo "ele nao merecia o meu amor", e ela me respondeu "é que ninguém no mundo merece o teu amor, polý". e fez tanto sentido. que eu amo demais nao é novidade. também nao é novidade o fato de que muitas outras mulheres por aí, mundo afora, também amam demais. o que eu acho esquisito é que eu frequentemente amo demais sem ter de fato um alguém para amar. nao é que eu, quando me apaixono por alguém, me entrego demais, amo muito e muito rápido. eu também amo demais quando eu nao me apaixono por ninguém. é quase inexplicável. [permissao para ser cafona] eu ando por aí respirando amor, exalando amor por cada poro do meu corpo [/permissao cafona], e de quem é esse amor? meu. até que apareça alguém que se transforme em objeto do meu amor (alguém que provavelmente nao merece essa quantidade incabível de amor acumulado, porque ninguém no mundo merece), eu fico vivendo nesse amor constante que nao tem sentido nenhum. e nao é nem amor-próprio, é só...amor. amor sem sentido. às vezes acho que sou extremamente desequilibrada (e evidentemente exagerada). e às vezes eu acho que eu sou amor.

3 comments:

Anonymous said...

oi amoreco.

Anonymous said...

não é ridículo. eu só queria saber em que momento da evolução humana um mulher decidiu que iria fazer algo que homem nenhum seria capaz e conquistaria sua imparcialidade "vou amar, não preciso deles", mas meteu os pés pelas mãos, deu tudo errado e ainda por cima criou essa coisa que não conseguimos viver sem, ainda não sabemos para que serve, mas que de alguma forma, se ele não existisse, poderiamos ser comparados a arbustos.

Beatrix said...

"o que é o Amor, senão o princípio mais íntimo da Natureza em ação?
o que é a Natureza, senão o princípio mais íntimo do Amor em ação...?"

Max Ernst