31.3.08
stalkers#1
29.3.08
sobre a primeira visita que eu recebi nessa minha vidinha de universitária-de-república
25.3.08
aquele para o qual eu nao consegui dar um título satisfatório
23.3.08
noviazgo
21.3.08
sobre o meu primeiro feriado nessa vida nova e semi-individual
16.3.08
sobre a saudade e os choros e a falta que sao paulo me faz e o nao saber o que fazer com tudo isso
- a avenida paulista, a cada vez que passa na minha cabeca (especialmente se com uma luz acinzentada e um relógio-termometro mostrando um tempo frio ou com uma iluminacao noturna e um ponto de onibus cheio), tira lágrimas dos meus olhos.
- a rua augusta e seus bares sempre-iguais e sempre-cheios me dá sensacao de ternurinha e me faz lacrimejar pensando em como eu provavelmente nunca vou achar algo assim por aqui.
- a funhouse com sua iluminacao tao típica, sua jukebox clássica e super autentica, seus funcionários que sempre estao e sempre estiveram lá, os azuleijos tao reconheciveis dos banheiros e aquele bom e velho espelho onde eu sempre arrumava meu cabelo, além da minuscula pista com tanta fumaca que faz os olhos arderem e o sofá mais confortável já fabricado nesse mundo. isso e todo o resto (porque se eu decidir falar de verdade sobre a funhouse este será um post eterno) me faz chorar muito, e sempre.
- a casa dos lopes, as tao repetitivas reunioezinhas, as pizzas e yakults, os bombons, a vá no outro canto da sala jogano ou trabalhando em seu laptop, a tv com algum seriado viciante ou algum filme que demoramos horas para decidir qual seria (e ainda tem alguém insatisfeito com a escolha), as pessoas sempre as mesmas que vao fumar na varanda, e os segundos sofás mais confortáveis do mundo. choro com sorriso.
- a casa da loira, a cama mais gostosa de todas, o coelho de pelúcia, o computador sempre ligado, alguém meio bebado quase derrubando a mesinha de centro, alguns copos pela sala, umas garrafinhas d'água no quarto, e alguma música muito típica tocando, sempre. e as comidas igualmente típicas de casa-de-laura. e sempre alguém precisando de colo, que ou era ela ou era eu, dependendo do momento. isso me leva a um choro ternurinha de muita saudade.
- a elite das perdizes como um todo. voltar da balada as oito da manha (geralmente com pedrinho ou mari) e passar lá, ainda bebados, pra comprar coisas muito específicas e já previamente escolhidas, e falar sobre como minha reputacao no bairro/província de perdizes é péssima. passar lá antes de pegar o onibus pra comprar pao de queijo e suco de laranja. acordar as quatro da tarde nas férias e ir até lá de óculos escuros e com a roupa do dia anterior pra comprar uma garrafa de coca-cola. olhos lacrimajeantes, sempre.
- a casa da mari, o guitar hero, as horas gastas para se arrumar, os repetitivos atrasos, o macarrao delicioso da mae dela, os quadros por todos os lados, as caronas sempre agradáveis do fernando. a quase-rotina mais gostosa das últimas férias, me faz chorar bastante e com alguma frequencia.
- a casa do ga, passar lá só pra dar um alo e brincar com o remy, e nunca ser de fato muito divertido, mas eu achar gostoso mesmo assim, só por estar por mais um pouco de tempo lá. com eles, e naquele lugar. choro com medo e muita saudade.
- as frequentes saídas com dora-e-maria, onde sempre éramos um mesmo trio, extremamente compatível, equilibrado e estável, frequentemente um quarteto somando júlia lopes, permitindo sempre diversas formacoes, mas sendo sempre as que nunca tinham falado nada sobre as outras. as conversas desde-sempre com dora/sum, o recém-criado vínculo de verdade com maria/b., que tava lá sempre, querendo beber mais (e no entanto sempre ia embora cedo), e a jú/fernando/tomas/eu por si só. choro de nao-quero-mais-ficar-longe.
- as saídas com muitas pessoas (nessas sempre estavam bolo e gabriel, e, vez ou outra, mario ou tiago), que muito frequentemente me irritavam e me faziam virar chata. choro mesmo.
- a casa da iara, com cara de day after e iluminacao de filme, a segunda cama mais gostosa de todas, as roupas emprestadas e o tempo gasto pra se arrumar, o pré e o pós, a animacao e a ressaca. choro triste.
- o equipe. as aulas essenciais, alguns professores geniais, a presenca constante das mesmas pessoas por sete anos seguidos, a sensacao final de nao-aguento-mais, as carteiras verdes tao enjoativas, os mesmos cantos e as mesmas coisas por tanto anos, as irritacoes repetitivas com as mesmas coisas, e as alegrias e satisfacoes por coisas totalmente diferentes. o bom e velho auditório igualmente cansativo e essencial e as diferentes coisas feitas por lá, algumas pessoas específicas que, estando sempre em volta, mantiveram tudo muito certo e muito como deveria estar, e o meu agradecimento eterno por tudo isso e todo o resto- de verdade, e por mais cafona que seja. choro extremamente feliz.
e dói e é ruim de verdade, e eu procuro muito um jeito de resolver isso, mas aparentemente nao existe, e o melhor caminho que eu achei foi listar muito superficialmente e de maneira quase brega, e tornar público, porque é difícil demais pra levar sozinha, e grande demais pra nao deixar as pessoas saberem. e isso nao é (ou pelo menos nao deveria ser) trágico. é sinal de vida continuando, de novas fases, de saber reconhecer a importancia do que passou e de achar difícil pra caralho crescer e superar coisas grandes e reconhecer que as coisas de fato mudaram e falar disso tudo no passado sem morrer (mas quase morrendo). e tem tanta coisa e tanta gente mais que eu tenho a sensacao de que nunca vou conseguir organizar tudo isso na minha cabeca, e provavelmente nao vou mesmo. assim como nao vou conseguir transmitir o tamanho disso tudo nem deixar nada claro pra ninguém. e assim como nao vou deixar de sentir saudade, ou sentir menos, ou achar mais fácil. mas é alguma coisa. nao sei mesmo o que, mas é.